"Nós sobrevivemos. Ainda estamos aqui."
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Sonhos e Tarot
Ao deitar, em silêncio, tenho aberto o meu Tarot. Já jogo à uns 4 anos, mas o aprendizado nunca acaba...
Apenas fico a olhar as cartas.
Ontem tentei encontrar em cada uma, os sentimentos que elas me transmitiam. Cinco delas ficaram quase em branco. Enforcado, Enamorados, Temperança, Sacerdote e Mundo. Conclusão... estudar!
Depois de achar que já chega, guardo as cartas dentro da bolsa e, tal como faço de vez em quando desde que começei a jogar, durmo com elas debaixo da almofada. Não sei porque o começei a fazer, mas gosto, sinto-me bem, e normalmente tenho sonhos estranhos... lol
Nestes últimos dias, nestas noites de contemplação de tarot, não tem sido diferente. Sonhei com gente com que não falo há tempos... uma delas, um rapaz que acampou comigo durante uma semana, por quem tive uma atração, mas com quem não tive relação nenhuma em especial. No sonho envolvemo-nos, e fiquei com a sensação de que era uma coisa para durar, que tinha sido mesmo especial, que ele fazia parte da minha vida e aquilo não ia mudar. Acordei calma, demasiado calma...
A noite passada, andei toda a noite a matar "demónios". Criaturas pequenas, "bébés demónios"; vinham ter comigo pedindo que as matasse. Sabiam que apenas quando chegassem a adultos, iriam magoar as pessoas. Assim pediam que as matasse. Lembro-me perfeitamente delas; criaturas pequenas, com uma imagem muito parecida com ídolos Maias ou Incas, pareciam feitos de madeira e não transpareciam maldade... Lembro também o modo como as matava; começava pelas pernas, partia-as junto às ancas, com as mãos; depois com um martelo partia os joelhos e por fim torcia-lhes o pescoço. Sei que ainda acontecia qq coisa, acho que metia fogo, mas não tenho certeza.
Enfim... as minhas noites têm sido estranhas. Todos os meus sonhos são estranhos, mas com as minhas cartas por perto ficam mais apuradinhos lol
Não só agora tenho este tipo de sonhos. Anotei dois deles cheios de pormenores, que já aconteceram à uns meses. Depois publico.
Tanto quanto gosto de ter sonhos estranhos e que me ponham a pensar, não gosto de não os perceber... =)
Sem alguém tiver alguma dica... Bigada**
Muita Luz!!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Tradições...
Deixo-vos o meu último post no Fórum Bruxaria.net, que finalmente traduz o culminar da minha dor de cabeça =)
25 Setembro 2008
« =) Meus dias andam melhores sim. Isto porque tomei consciência que não preciso de uma tradição para mergulhar nos meus desejos, e naquilo que sei que possuo e que posso desenvolver.
Meu mundo, é o Mundo Antigo. Dele posso fazer a minha tradição, pegando um pouco de tudo, dos Deuses e da cultura, dos símbolos e da magia, da história e da imagem. Juntando a forte pitada de Mãe-Natureza, de pura devoção e apreço, fica uma bela e potente sopa mágica, digna de qualquer cozinha de bruxa!!Eheh =D
Adoooro cozinhar!! =P »
Sigam o vosso coração!!
Luz!!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Bruxa
Foi a minha primeira fonte de inspiração e continuará a sê-lo.
Luz!!
A Bruxa
Autor: Moon's tears
«O que é ser Bruxa? Que misterioso significado carrega essa tão fascinante palavra? Ser Bruxa é é necessariamente ser adepta do new age? É ter um caldeirão? É fazer feitiços? Andar de preto? Pendurar um pentagrama no pescoço? É carregar títulos, ter iniciação, prever o futuro, ter poderes paranormais, jogar pragas? O que é ser Bruxa volto a perguntar...
Decidi escrever esse texto, porque ando vendo por aí muitas definições um tanto quanto problemáticas a respeito do real sentido da palavra Bruxa, definições de todos os tipos, tanto de pessoas que não entendem nada sobre o assunto, quanto de pessoas que acham que entendem algo.
Na verdade a explicação dessa palavra é demasiadamente singela, e espero que entendam o que vou falar a respeito desse assunto.
Em primeiro lugar, quero dizer que uma Bruxa não segue necessariamente a Bruxaria (Tradicional, Wicca e qualquer outra tradição), ela pode ser a humilde benzedeira, ela pode ser a católica, a camponesa, a cozinheira, a parteira e etc, etc... A verdade é que todos nós temos um poder guardado, e que foi se atrofiando com o tempo, e que podemos despertar e utilizar independente do caminho que decidimos tomar e isso prova que as Bruxas não são nem diferentes nem mais especiais que ninguém.
Ser Bruxa é colocar toda essa energia atrofiada para funcionar em nosso favor e ao favor do próximo, é praticar a filantropia, é ser universal, é entender e manipular o microcosmo¹ em junção do macrocosmo² para promover a cura, o amor e o entendimento da alma. Quando sentimos o poder fluir (não o poder egocêntrico), temos um olhar muito mais aguçado e muito mais poético, pois entendemos o mundo; muitas religiões gostam de afirmar que 'não somos desse mundo, pois ele é de pecado', não, não se enganem, não é o mundo que é mal, mas sim as pessoas que o tornam cruel, devemos fazer do mundo a nossa agradável morada, pois ele em si é uma manifestação de Deus/Deusa (ou como preferir ver a Divindade).
A verdadeira Bruxa quando observa o por do sol, fecha os olhos e sente a alma expandir, ela sente que é tudo, e que entende tudo e consegue traduzir o canto universal, esse misterioso chamado que nos proporciona tão grande bem estar e plenitude de ser. Quando a Bruxa vê a lua, sente que entre elas existe uma ligação muito intima, pois ambas possuem ciclos, fases, ser Bruxa também é isso, é identificar as analogias entre a natureza e o 'Eu' e ver que o que está em cima é o que está embaixo.
A Bruxa possui a sabedoria conseguida através da maturidade e das muitas experiências, sem contudo perder o coração doce da criança que descobre o mundo. De suas mãos brotam a Arte em todos os sentidos, ela tem amor por tudo que faz, tem o toque delicado que acaricia as flores, que tenta tocar as estrelas, que tenta tocar o infinito. Todas sabem que a natureza é uma Mãe sábia, ela nos dá, mas também tira, e que devemos ser sagazes, sermos fortes, e que um dia todos sem excepção, voltaremos para ela, para o grande Útero Universal.
Quem sabe vocês entendam melhor o que eu esteja querendo dizer lendo esse texto muito interessante que achei na Internet:
Ambrósia
Descendo lentamente a rua, vinha Ambrósia... apoiada em um "cajado" que era um galho de uma velha árvore de seu quintal. Tinha caído em uma das ventanias e ela se apoderou dele alegre em ver que era bonito. Meio torto, mas bem apropriado para que ela se apoiasse nele, já que suas pernas já estavam fracas.
Ambrósia vem descendo a rua se apoiando no cajado. Magra, sua pele negra cobrindo velhos músculos, agora já fracos, seus ossos finos e longos que faziam dela uma mulher alta. Seus olhos encovados, mas tremendamente brilhantes, ariscos, mais pareciam os olhos de uma coruja brilhando no escuro. Ela descia a rua e as crianças iam gritando atrás dela: olha a velha bruxa, olha a velha bruxa...
Ela era filha de escravos... quando criança, nasceu escrava... mas logo aconteceu a lei Áurea e sua mãe a levou embora para longe da escravidão. Ambrósia aprendeu a fazer seu próprio fogão com barro e água, sua cerca com estacas de madeira, galhos velhos, sua cama, com lençóis brancos feitos de sacos.. sua mãe a tinha ensinado, cozer os sacos, lavar ao sol até que ficassem brancos... sua mãe a tinha ensinado tanta coisa...
Ela era feliz com suas cabras que viviam no seu cercado, julgava-se rica, tinha leite, fazia seus pães no seu forno de barro... e todos da vizinhança sempre lhe davam mantimentos em troca de suas benzeduras.
Era pessoa importante na cidade, até o filho do prefeito vinha se benzer com Ambrósia... Umas ervas no seu caldeirão sempre em cima do fogão de lenha e ela fechava os olhos e ia falando umas palavras estranhas, suspirava, tossia, piscava, seus olhas ficavam brancos, virados, as crianças quase morriam de medo destas cenas, mas... enfim ela respirava fundo e dizia: seu mal já foi retirado em nome da terra, do fogo, da água e do ar... tome 3 goles e pode ir... e lá iam os goles de uma bebida nem sempre saborosa!
As pessoas realmente se curavam com suas ervas, seus benzimentos.
Enquanto benzia... As cabras ora berravam, ora ficavam tão quietinhas que se pensava que nem estavam ali; ela conversava com as cabras quando faziam barulho, e me parecia que as cabras contavam para ela o que as pessoas tinham porque ela perguntava e a cabra dava um béééé... Era bom de se ver isto, tinha gente que ia lá só para ver ela conversar com as cabras... Cada uma tinha um nome e quando ela ia sair... Recomendava funções para cada uma...
Ambrósia certa vez ganhou uma casa de um homem que teve seu rim curado, mas não teve coragem de deixar seu "barraco" como ela o chamava... e depois, ela dizia: ... "E se as meninas não se acostumarem com a nova casa? É tão perto da cidade e elas não gostam de barulho. É melhor vosmecê dar esta casa para outra pessoa que tenha ambição... eu e as meninas não vamos aproveitar tanto luxo... mas mesmo assim, que seja abençoado".
Sentava em seu banco tosco ao pé do fogão esperando os bolinhos de amendoim e polvilho e "pitava" seu velho cachimbo com uma expressão de prazer e tranquilidade...
Ali, serenamente eu esperava pelos bolinhos e ficava tentando decifrar aquela velha negra e seu cachimbo, às vezes vinha em minha mente os gritos de meus amigos... Bruxa, Bruxa, bruxa.... Ah não... Ela mais parecia uma mãe velha e sábia, me sentia totalmente protegida por esta velha... E ela gostava de mim, uma menina ruiva, xereta, que a perseguia por todo canto... Minha mãe já tinha falado a ela que me mandasse embora quando a amolasse... Mas quando eu chegava, ela dizia:...É você, menina? E eu às vezes via brilho nos olhos daquela velha me contando suas histórias, como foram valiosas para mim estas historias...
Ambrósia era uma bruxa? De que tradição... Ela seria... Ela era de fato uma bruxa... Absolutamente livre e profundamente feliz consigo mesma e com as pessoas.
Isto é bruxaria... »
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Dádiva
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Sintam-se à vontade...

"Aqui vejo unicórnios, florestas verdejantes e cascatas
Por onde caminho descalça e converso com os elementais...
Nas clareiras, ao pé dos carvalhos,
Danço e canto em noites de Lua Cheia
Cercada de elfos e sífides
Que saem da terra para me saudar.
Aqui é o meu reino, aqui sou majestade,
Aqui sou a dona dos rios e das cachoeiras.
Habito as matas e as florestas, rochedos...
E os meus amigos são os seres da Terra.
É aqui que me encontram quando estou sonhando
Porque é aqui que a minha alma vive."
(Anónimo)